segunda-feira, 3 de outubro de 2011

COMENTÁRIOS DE SANDRA DE PLATAFORMA

Olá Lúcia! Adorei o seu blog!!! Ao fazer a leitura senti uma emoção muito grande e foi como se reavivasse em mim cenas da minha vida que estavam esquecidas no âmago do meu ser. Muito bom!!!! Um grande abraço, Sandra ( do subúrbio também, só que de Plataforma ) Ok!!
A nossa memória é o que temos de mais precioso, já que ela nos faz dar sentido às coisas. Sem memória não significamos, não mudamos sequer a realidade. Não vemos o que fomos e onde chegamos e, por conseguinte, perdemos a dimensão de futuro.

A memória também é a nossa área de recreação. Nos divertimos com ela, sorrimos, mas também nos emociona, nos faz sentir saudades. Sinto falta das águas cristalinas da praia de Itacaranha, hoje suja e completamente decadente. A vizinhança cordial, as crianças sem malícia acintosa, os adolescentes inventivos, os jovens com sede de viver. Os idosos respeitados como lideranças comunitárias e não menosprezados e envergonhados com tantas ofensas a imorredoura ancestralidade.

Eu não gostava de Itacaranha quando jovem porque ela representava um entrave às minhas ambições: de estudar, de profissionalizar-me, de conhecer o mundo. A Itaracaranha a qual me refiro é a que está na minha memória e não existe mais. Ela só poderia ser sentida em sua plenitude, paradoxalmente, afastada dela, como um lugar mítico, no passado, deliciosamente bom, acolhedor de se visitar. Itacaranha era o lugar que toda criança deveria estar.

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