domingo, 21 de novembro de 2010

O Pôr-do-Sol

Nada marcou mais a minha vida em Itacaranha do que a paisagem e o nosso contato com a natureza. A minha mãe nunca gostou de morar lá, pelo menos no início, quando éramos pequenas, pois ela não via perspectiva de melhoria para nós, para a nossa formação. Eu, porém, alheia a suas preocupações, aproveitava as delícias da natureza. Uma delas era contemplar o pôr-do-sol da janela de minha casa. Ficava horas olhando para aquele visual e do mágico efeito que os raios faziam nas águas do mar. Havia também o pé de tamarindo que ficava na estação de trem em frente a nossa casa. O que separava a nossa casa da estação era apenas uma rua. Assim, víamos o trem chegar e partir, levando e trazendo gente.

Os raios de sol faziam efeito no tamarindeiro, sombreando-o e produzindo um prazer estético. A sua copa imensa, com folhas miúdas, era de uma beleza indescritível e quando o sol ia se pondo, ficava apenas o contorno da frondosa árvore.

Os nossos desenhos escolares eram repletos de referências à natureza. Nem é preciso dizer que o pôr-do-sol era meu tema preferido.

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